A 19ª edição da Feira Nacional do Camarão (Fenacam), realizada entre os dias 14 e 17 de novembro, reuniu mais de 6.000 pessoas no Centro de Convenções de Natal, fazendo desta, a maior edição do evento na história. Com uma vasta programação, que passou por conteúdo técnico difundido em 48 palestras e três mesas redondas, conteúdo cultural, gastronômico e comercial, a feira atraiu a participação de produtores, empresários, estudantes e especialistas da carcinicultura e aquicultura, além da população em geral, que ajudaram a destacar ainda mais o evento no cenário desse mercado que impulsiona a economia nacional.
A Fenacam’23 reuniu representantes das maiores indústrias do setor, movimentando toda a cadeia de produção da carcinicultura e aquicultura do mundo. Durante os quatro dias de realização da Fenacam’23, as 120 empresas presentes na Feira de Aquicultura expuseram desde serviços à materiais oferecidos em mais de 200 estandes posicionados no maior pavilhão do Centro de Convenções, fazendo negócios e levando a mensagem de que o Brasil está pronto para voltar ao mercado internacional.
Apesar de ser um evento nacional, o conteúdo da Fenacam’23 cruzou fronteiras e compartilhou conhecimento de autoridades do setor de várias partes do mundo, como da Alemanha, Vietnã, Tailândia e Índia, além de representantes de países da América Latina, como o Mexico e Equador, uma grande potência na produção e exportação de camarão no mundo.
“A Fenacam’23, em todo seu conjunto, esteve muito bonita, com temas interessantes, muita novidade, e muitos avanços tecnológicos. O setor está de parabéns porque os produtores estão saindo ganhando com essa feira, e também os expositores que vêm aqui para fazer negócios. Estamos muito satisfeitos”, comemora o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão, e da Fenacam, Itamar Rocha.
Um ponto com bastante destaque nesta edição da Fenacam foi o uso das tecnologias na aquicultura e carcinicultura. O avanço tecnológico é visto como um aliado para potencializar a produção e alavancar os negócios, abrindo as portas do mercado internacional.
“Esse é um setor que o Nordeste e Rio Grande do Norte precisam desenvolver muito mais, haja vista o grande interesse por seus produtos. Estiveram presentes na Fenacam’23, não só congressistas da América Latina, mas da União Europeia e da Ásia (Vietnã, Tailândia e da Índia). Na verdade, há um interesse internacional muito grande no Brasil e nós precisamos produzir camarão para atender esses mercados, especialmente da China e Europa. Embora o camarão brasileiro não esteja participando do mercado importador, tem uma tradição, pois já foi um grande exportador”, explica Itamar Rocha.
O presidente da ABCC e realizador da Fenacam’23 completa lembrando do potencial brasileiro, e celebra a promessa de um programa de interiorização da produção de camarão em águas interiores no Rio Grande do Norte, anunciado pela governadora Fátima Bezerra na cerimônia de abertura da feira.
“Quem veio à Fenacam tomou um banho de tecnologia para alavancar suas produções, e a gente acredita que o Rio Grande do Norte, cada vez mais, vai se inserir nesse contexto. O RN tem tradição, perdeu um pouco o brilho do setor, mas ele está aí. Na solenidade de abertura, a governadora Fátima Bezerra prometeu que vai lançar um programa para interiorização do camarão, aliás, seguindo os passos dos vizinhos estados: Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe já estão fazendo, com um destaque, o RN tem mais condições e potencial de produção”, diz Itamar.
Além do Rio Grande do Norte, outros estados do Nordeste também estão de olhos bem abertos para o potencial da carcinicultura.
“A gente espera que com a realização da Fenacam’23, venha um maior incentivo e apoio das autoridades. Estamos vendo aqui um envolvimento com o poder público, que está presente na feira. Além do estado do RN, tivemos os Estados do Maranhão, da Bahia, da Paraíba, bem como, uma grande representação de Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Amazonas. Todos eles estão despertando para a importância da aquicultura e especialmente da carcinicultura e assim vai começando o interesse em apoiar e incentivar o desenvolvimento dessas estratégicas atividades primárias. Afora o fato de que participaram da Feira de Aquicultura da Fenacam’23, vários expositores do setor que vêm do Ceará, do Piauí, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, bem como, do Mexico, Equador, EUA, França, Alemanha, China, Tailândia e Noruega, todos com redobrado interesse de apoiar o setor. Por isso, minha expectativa é sempre otimista”, completou Itamar Rocha.
A Fenacam chegará à edição histórica de 20 anos em 2024
A Fenacam’24, na sua 20ª edição, se realizará entre 19 e 22 de novembro de 2024, já contando com as mais altas expectativas de uma grande afluência de Empresas Expositoras e Apoiadores e, naturalmente de congressistas, pelo que já foi motivo de uma atenção especial por parte dos seus organizadores, que em plena Fenacam’23, realizam a primeira reunião da Fenacam’24.
O foco deste primeiro encontro foi voltado à missão de redobrar o esforço organizacional, mantendo e realizando um evento de elevado nível, técnico, comercial, com o compromisso de mais uma vez, promover uma feira que supere as exitosas edições anteriores.
Inclusive, esse sentimento é justificado pelo apoio e as garantias de parcerias fechadas já visando a edição do próximo ano. São dezenas de empreendedores que abriram diálogo e demonstraram interesse em participar da Fenacam’24, com alguns determinados a utilizar espaços maiores na feira de negócios.
“Estamos muito animados e confiantes que a próxima edição será ainda maior. Por onde passamos e com quem conversamos, as pessoas estavam sempre demonstrando interesse em seguir as parceiras de participação e apoio à realização da Fenacam’24, uma edição histórica, comemorando 20 anos de exitosas realizações, tanto por parte dos expositores, produtores, pesquisadores, e até instituições financeiras. Na verdade, todos estavam sempre falando no interesse de ampliar os negócios e suas participações na 20ª edição da Fenacam”, explicou Itamar Rocha.
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