Criança brinca com um coelho
Foto: Divulgação

Páscoa é tempo de reflexão e também de troca de presentes, como ovos de chocolate e bombons. Alguns podem pensar que dar um coelho de verdade é uma excelente opção, mas não é.

O Médico-Veterinário Nailson Carvalho, presidente da Comissão de Meio Ambiente, Desastres Ambientais e Animais Selvagens do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Norte (CRMV-RN), alerta que antes de adquirir um coelho, é preciso consultar um médico-veterinário para que ele possa explicar o que significa ter esse animal em casa e os cuidados necessários. “Avaliar se tem estrutura de espaço e tempo para acolher um animal de estimação é fundamental para os futuros tutores. Afinal, ele vive mais de dez anos quando bem cuidado”, afirma.

Além da necessidade de uma vida fora das gaiolas, para evitar problemas nas articulações, os coelhos precisam de uma área para correr, brincar e abrigo para que possam se recolher e descansar quando quiserem, explica o Médico-Veterinário.

A alimentação é outro tópico que merece atenção, pois nem só de ração vive um coelho. Segundo Nailson, refeições equilibradas, contendo folhagens com talos, frutas e legumes devem fazer parte da dieta, a qual precisa ser definida com orientação de um Médico-Veterinário.

“Por terem necessidades específicas e as famílias não terem conhecimento antes de adquirir o pet, muitos tutores acabam negligenciando os cuidados, alguns animais sofrem maus tratos e, pior, são abandonados, o que configura crime, previsto na Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais)”, lamenta Nailson.