O fim de semana começou com longos congestionamentos no acesso ao Açude Gargalheiras (Marechal Dutra), em Acari, que registrou na última quarta-feira (03) a primeira “sangria” em 13 anos.
Filas de automóveis ao longo da rua principal da cidade de Acari refletem o interesse da população, entre turistas e moradores da região do Seridó, em testemunhar o espetáculo da natureza proporcionado pelo transbordamento do açude Marechal Dutra.
O interesse do público é em contemplam a imensidão do reservatório, com paredes de 25 metros, que, após ultrapassar o nível máximo, exibe o fenômeno do “véu de noiva”, quando as águas descem com velocidade pela estrutura.
Primeiro final de semana após a sangria do açude que não enchia há 13 anos. E amanhã ainda tem festa! Era o engarrafamento que eu queria pra mim. #gargalheiras pic.twitter.com/jCSREXMH4I
— magalha (@mazelhaes) April 6, 2024
Por orientação da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o trânsito na região do reservatório sofrerá restrições, com os veículos sendo direcionados para estacionamento em um campo de futebol nas proximidades do açude. Essa medida visa garantir a segurança e o fluxo adequado de pessoas durante o evento.
O transbordamento do Gargalheiras é resultado de uma recarga que durou apenas 42 dias, culminando na 30ª “sangria” em 65 anos. A capacidade máxima do açude, que é de 44,4 milhões de metros cúbicos, foi atingida às 23h19 de quarta-feira, marcando um momento significativo para a região.
O Gargalheiras desempenha um papel crucial no abastecimento de água da cidade de Acari e complementa o fornecimento de Currais Novos. Até a primeira quinzena de fevereiro, havia preocupações com o baixo volume armazenado nos reservatórios, o que poderia levar a um colapso no fornecimento de água tratada para ambas as cidades. O transbordamento representa, portanto, um alívio e uma garantia de abastecimento para a população local.
