Jair Bolsonaro e Paulo Guedes – Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, afirmou nesta quarta-feira (12) que, a depender dele, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve permanecer no governo num eventual segundo mandato. A declaração foi dada em entrevista gravada para a TV Alterosa, concedida ao lado do governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Na ocasião, o presidente ainda disse que comparecerá a “todos os debates” eleitorais.

“Não está previsto sair ninguém, a não ser que queira sair. Paulo Guedes fica. Ele foi um dos melhores ministros da Economia do mundo, levando-se em conta inclusive a questão da pandemia. Como Roberto Campos, pelo terceiro ano seguido, é o melhor ministro em alguns muitos critérios, do Banco Central, que agora nós demos independência no BC”, disse Bolsonaro, emendando que Guedes é o “nosso Pelé” na economia.

“Então por mim ele continua. Eu não sei se pela idade, se ele quer continuar. Ele ou outro. No momento nenhum ministro falou que quer deixar o governo numa possível reeleição minha”, continuou.

Na entrevista, Bolsonaro repetiu ainda estar no “radar” a recriação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços caso seja reeleito, ideia que, segundo ele, foi lançada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e já estaria acertada com Guedes. O eventual futuro ministro da pasta poderia ser um mineiro, indicou o candidato.

“E eu falei que esse ministro, como foi da agricultura, Tereza Cristina, seria indicado pelos órgãos interessados. Então pode sair daqui o futuro ministro mineiro caso eu seja reeleito. É um ministério muito importante, já acertei com o Paulo Guedes, porque ele absorveu esse ministério nas fusões. Ele abriria mão disso e esse Ministério voltaria a funcionar. Com toda a certeza, não quero adiantar, seria um mineiro”, disse.

Ao falar dos preços do petróleo e do impacto nos combustíveis, Bolsonaro voltou a criticar os governos petistas sobre os projetos para refino e afirmou que pretende construir refinarias junto à iniciativa privada. “Temos tido contato e pretendemos, sim, junto à iniciativa privada, fazer refinarias, mas isso leva aproximadamente cinco anos para nós fazermos uma refinaria”, disse.